Acusado de ser laranja do ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, no esquema de corrupção instaurado dentro do Detran de Mato Grosso, o empresário Valter José Kobori, confirmou, em seu depoimento ao Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco), a amizade com os irmãos Paulo e Pedro Zamar Taques. Negou, contudo, qualquer participação nas irregularidades e ressaltou a índole da família Taques.

O envolvimento de Kobori é apontado nos depoimentos de José Ferreira Gonçalves e José Ferreira Gonçalves Neto, sócios da empresa EIG Mercados (antiga FDL), da qual era presidente. Além disso, segundo o Ministério Público Estadual ele seria o responsável por repassar a propina para o ex-secretário.

O empresário, por sua vez, negou qualquer contato com Pedro e Paulo para manter contrato da empresa EIG com o Detran e disse que os milhões que recebeu – segundo a denúncia, para passar a Paulo Taques – eram “bônus” por seu trabalho como presidente e foram declarados.

Conforme o empresário, as declarações dos sócios da empresa não fazem nenhum sentido. “Criam fatos inverídicos para sustentar mentiras”. No depoimento, ele declarou ainda ter mais proximidade com Pedro Jorge e que teria dito a José Neto ter a certeza de que a cobrança de propina cessaria em Mato Grosso por conhecer a índole da família Taques.

Para o Ministério Público Estadual, Pedro Jorge Zamar Taques e Valter José Kobori atuavam para “esconder” a participação do ex-secretário-chefe da Casa Civil no esquema. A informação consta do inquérito policial que resultou na deflagração da segunda fase da operação Bereré, batizada de “Bônus”.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes