Colunas & Blogs

A febre do bumbum

1 minuto de leitura
A febre do bumbum
(Foto: Divulgação/Pixabay)

“Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem”.
(Zelia Duncan, em Pagu)

O que será essa coisa do brasileiro com o bumbum? Na verdade, o que será essa coisa do mundo com os bumbuns brasileiros? Quando morava fora, a imagem marcante do Brasil é a de mulatas sambando com o derrière à mostra no carnaval.

Mas, afinal, porque essa nossa obsessão?

Pessoalmente, não tenho como responder nem entender tal pergunta.

Minha genética não me brindou com a parte mais cobiçada da anatomia brasileira. Meu corpo tem forma tão estrangeira quanto a minha mente: tenho seios grandes e bumbum reto. Nunca usei fio dental e duvido que teria usado mesmo se meu traseiro fosse avantajado.

[featured_paragraph]Na praia, sempre me senti diferente. Nunca compreendi o exibicionismo brasileiro. Claro que me senti em casa quando descobri os maiôs americanos. Parecia que, enfim, havia encontrado minha praia. No sentido literal e figurado.[/featured_paragraph]

Com exceção das risadas dos membros minha família, que acham ridículos meus maiôs que têm mais pano do que uma canga, eu me sinto feliz, toda coberta.

De uns tempos para cá, vejo que a febre do bumbum também invadiu as mentes — e corpos — gringos. Basta olhar para as Kardashians para provar o que estou dizendo. Vejo cada vez mais e mais celebridades e gente comum passando por procedimento cirúrgico para aumentar a região posterior.

Já passamos pela febre dos seios fartos, agora estamos na era do bumbum. Quando será que teremos febre da inteligência? A era dos livros? Você pode até dizer que é recalque, mas eu diria que é apenas meu momento de reflexão.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes