A entrada de magistrados e membros do Judiciário na política é um risco. Sobretudo quando, inebriados pelo resultado do seu trabalho contra a corrupção, esses juristas decidem ingressar na política. Sempre com a promessa de fazer as coisas de uma forma diferente daqueles que lá estão.
Em passado recente, a Itália foi vitima desse movimento. Juízes ligados à operação Mãos Limpas, espécie de antecessora da Lava Jato, decidiram concorrer a cargos eletivos depois de terem condenado políticos por corrupção.
[featured_paragraph]“Como também não se mostraram políticos diferentes dos tradicionais, que estavam envolvidos em corrupção, acabaram aparecendo para o público como oportunistas interessados em uma vaga no Congresso italiano”, diz Augusto Nunes em coluna de vídeo (veja abaixo). [/featured_paragraph]
Se por um lado a vontade de ingressar no jogo político partidário não chegou com força nos membros da força-tarefa da Operação Lava Jato, em outros locais a história é outra. Como em Mato Grosso, onde a ex-juíza Selma Arruda (PSL) agora tenta uma vaga como senadora.
“Como política ela não vai indo bem. Candidata ao Senado pelo PSL, ela tem tido lances de oportunismo e fechado os olhos para alguns casos que seriam investigados pela juíza Selma, o que aproxima o seu comportamento do comportamento padrão dos políticos que sempre combateu”, prossegue Augusto Nunes.
Confira a coluna completa no vídeo: