Consumo

A economia precisa de respostas que não se limitem a “fique em casa”, avalia presidente da Fiemt

Gustavo Oliveira alerta que indústrias pequenas e de médio porte já estão sem fôlego para a retomada econômica

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A economia precisa de respostas que não se limitem a “fique em casa”, avalia presidente da Fiemt
O presidente da Fiem pede união em tempos de enfrentamento ao coronavírus (Ednilson Aguiar/O LIVRE)

Um cenário caótico assombra as indústrias mato-grossenses. As pequenas e médias empresas já perderam o fôlego, enquanto que as grandes com mais 30 dias sem atividade já não conseguirão manter empregos.

Com esta perspectiva provocada pela pandemia do coronavírus, os industriários esperam respostas dos governantes que não se limitem a “fique em casa”.

Esta é a análise do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira. Ele demonstra preocupação com as medidas restritivas que impedem ou atrapalham o mínimo de produção econômica.

“Fundamental é a gente entender que a pandemia vai continuar durante todo o ano de 2020. Fato que é muito difícil ter um período curto de duração da epidemia. O que a gente enxerga é que a resposta pública não pode ser simplesmente ‘fique em casa’. Muita gente tem que trabalhar”, enfatiza.

Trabalhar com segurança

Gustavo defende que é possível a existência de atividade econômica das indústrias e comércio de forma segura.

Ele informa que a Fiemt tem feito sua parte em relação a isso. Desde o começo da pandemia, a Federação criou um portal específico para orientar os empresários sobre como passar por esse período.

“Temos orientado toda a parte jurídica e trabalhista – como o empresário pode atuar para dispensar pessoas do grupo de risco. Outra orientação é para que as empresa possam passar por esse período agudo da paralisação econômica da melhor forma possível e com segurança”.

Parar não é a solução

Gustavo pondera que paralisar tudo não é a medida mais eficiente, visto que os trabalhadores já sentem os efeitos da falta de dinheiro.

O presidente cita, inclusive, uma frase que tem sido bastante repetida e compartilhada nas redes sociais: “em muitos lugares, a fome chegou mais rápido do que o coronavírus”.

“A experiência mostra que muitos municípios em Mato Grosso ao fecharem tudo antes do pico de epidemia, em primeiro momento provocou a sensação de proteção às pessoas, e a epidemia chega em uma velocidade mais baixa – o que é bom do ponto de vista da saúde pública – mas, a questão econômica aperta de forma mais rápida”, assevera.

 PIB em desalento

Gustavo alerta que além do fato das pequenas e médias empresas já terem perdido o fôlego – e as grandes indústrias não terem mais musculatura para sair da crise se as medidas restritivas perdurarem mais 30 dias – também o Governo Federal já gastou muito apenas para segurar a situação da economia, sem que o grande volume de dinheiro não assegurará crescimento da economia.

“O Governo já investiu cerca de 12% do PIB só para tentar salvar a economia. Isso significa cerca de R$ 2,5 trilhões para suportar a atividade econômica. E o governo não vai ter condições de aplicar tudo isso só em 2020”, alerta.

“Eu estimo que podemos ter que gastar até 30%, como a  Alemanha, por exemplo”, complementou.

Nestas condições, a sugestão de Gustavo é que as indústrias possam voltar  a trabalhar desde que tomem todas as precauções de segurança – assim como deve ser com a população de modo em geral.

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