Se parássemos para pontuar locais paradisíacos no mundo, certamente teríamos uma série de citações a Indonésia, regiões remotas do oceano pacífico e a América central. Esses destinos têm sido o sonho de consumo de uma grande parte das pessoas, afinal, quem nunca pensou em passar férias em algum lugar do Caribe ou ilhas Fiji? Mas existe um histórico de eventos sísmicos que torna esses locais tão perigosos quanto belos.
E na coluna de hoje gostaria de focar em um desses locais, situado entre a Jamaica, Porto Rico e Cuba. É a ilha que tem o território dividido entre a República Dominicana e o Haiti.
O Haiti tem na sua história uma guerra de independência que foi liderada por ex-escravos e proclamou uma das primeiras repúblicas da era moderna, em 1804.
Além disso, o mar azul que banha a ilha traz um clima de tranquilidade que, vez por outra, é abalado por um terremoto. Foi o que ocorreu em 2010.
No dia 12 de janeiro de 2010, o Haiti sofreu um terremoto de 7.2 graus na escala Richter, deixando milhares de vítimas fatais e mais de um milhão de desabrigados. Isso deu início a uma diáspora, que levou muito haitianos a outros lugares do mundo. A cidade onde moro, Cuiabá, recebeu uma série de refugiados que aqui tentam uma nova vida.
Quase sempre a recuperação de países atingidos por catástrofes depende da recuperação da economia local e do apoio de outros países parceiros, mas essa ajuda de parceiros vizinhos dificilmente chega.
O Haiti é um dos países mais pobres do mundo e, até onde se sabe, não oferece riscos de fundamentalismo, como alguns países árabes, ou nuclear, como a Coreia do Norte. Dessa forma, eles despertam pouca atenção do resto do mundo.
Podemos achar que o pior em tudo isso é o terremoto, mas as consequências podem ser ainda piores. Os simulacros preparam os cidadãos para os abalos e o tsunami, mas assim que a terra se acalma, o instinto humano volta a acessar regiões no cérebro ligados à ideia de fuga e sobrevivência, e para isso não existe um treinamento.
Digo isso porque indiretamente os que ainda resistiram sofreram com os efeitos que foram consequência das catástrofes: doenças relacionadas ao contato com cadáveres e a dissolução do modelo de sociedade. Isso gera o caos.
Para lidar com isso, tivemos a intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU), que conduziu missões de pacificação e controle com exércitos de vários países, liderados pelo Brasil. Essa operação ficou conhecida como Minustah.
Ações como essa são necessárias pela segurança da população local e tentativa de reestruturação da sociedade.
Depois de 13 anos, os quase 950 militares voltaram para casa. Na bagagem, muito mais do que histórias tristes e angustiantes, alguns soldados trouxeram consigo lições de vida, pois estar em um local devastado por um terremoto nos faz pensar em duas coisas: o que ocorreu para tal destruição? O que eu faria se fosse submetido a isso?
Com certeza você, que lê esse artigo, já viu pelo menos um haitiano pelas ruas. A necessidade por condições de sobrevivência forçou muitos milhares de haitianos a abandonarem suas famílias e saírem pelo mundo em busca de condições para recomeçar.
Pense nisso!
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Si paramos para puntuar sitios paradisíacos en el mundo, seguramente tendríamos algunos muy buenos en Indonesia, regiones remotas del océano pacífico y América central. Estos destinos han sido el sueño de consumo de una gran parte de las personas, después de todo, ¿quién nunca pensó en pasar unas vacaciones en algún lugar del Caribe o las islas de Fiji? Pero existe un historial de eventos sísmicos que hace que esos sitios sean tan peligrosos cuanto bellos.
En la columna de hoy quisiera enfocar en uno de esos lugares, situado entre Jamaica, Puerto Rico y Cuba. Es la isla que tiene el territorio dividido entre la República Dominicana y Haití.
Haití tiene en su historia una guerra de independencia que fue liderada por ex esclavos y proclamó una de las primeras repúblicas de la era moderna, en 1804.
Además, el mar azul que baña la isla trae un clima de tranquilidad hasta que fué sacudido por un terremoto que ocurrió en 2010.
El 12 de enero de 2010, Haití sufrió un terremoto de 7.2 grados en la escala de Richter, dejando miles de víctimas mortales y más de un millón de damnificados. Esto dio inicio a una diáspora, que llevó a muchos haitianos a otros países del mundo. La ciudad donde vivo, Cuiabá, recibió una serie de refugiados que aquí intentan una nueva vida.
Casi siempre la recuperación de países afectados por catástrofes depende de la recuperación de la economía local y del apoyo de otros países socios, pero esta ayuda de socios vecinos difícilmente llega.
Haití es uno de los países más pobres del mundo y, hasta donde se sabe, no ofrece riesgos de fundamentalismo, como algunos países árabes, o nucleares, como Corea del Norte. De esta forma, despiertan poca atención del resto del mundo.
Podemos pensar que lo peor en todo esto es el terremoto, pero las consecuencias pueden ser aún peores. Los simulacros preparan a los ciudadanos para los sacudones y el tsunami, pero una vez que la tierra se calma, el instinto humano vuelve a acceder a regiones en el cerebro vinculadas a la idea de fuga y supervivencia, y para eso no existe un entrenamiento.
Digo esto porque indirectamente los que aún resistieron sufrieron con los efectos que resultaron de las catástrofes: enfermedades relacionadas al contacto con cadáveres y la disolución del modelo de sociedad por las necesidades basicas generando una ola de violência. Esto genera el caos.
Para hacer frente a esto, tuvimos la intervención de la Organización de las Naciones Unidas (ONU), que condujo misiones de pacificación y control con ejércitos de varios países, liderados por Brasil. Esta operación se conoce como Minustah.
Acciones como ésta son necesarias por la seguridad de la población local e intento de reestructuración de la sociedad.
Después de 13 años, los casi 950 militares regresaron a casa. En el equipaje, mucho más que historias tristes y angustiantes, algunos soldados trajeron consigo lecciones de vida, pues estar en un lugar devastado por un terremoto nos hace pensar en dos cosas: ¿qué ocurrió para tal destrucción? ¿Qué haría si fuera sometido a eso?
Por cierto, que lee este artículo, ha visto al menos un haitiano por las calles. La necesidad de condiciones de supervivencia forzó a muchos miles de haitianos a abandonar a sus familias y salir por el mundo en busca de condiciones para recomenzar.
¡Piense en eso!
