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A China dos Dragões, sapos e o primeiro sismógrafo

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A China dos Dragões, sapos e o primeiro sismógrafo

Hoje vamos abordar um aparelho que vem sumindo do território brasileiro o sismógrafo, aparelho que mede e registra atividade sísmica. As atividades geram informações que são analisadas por geofísicos ou geólogos. Saber a origem do hipocentro ou epicentro dos Terremotos ajuda a estudar um comportamento ou histórico desses eventos.

Poderíamos especular sobre os inventores desse aparelho, mas a verdade é que a história desse aparelho começa em 132 a.C, na China Antiga. Fundido em bronze, com animais  em sua base, davam noções de direção e magnitude ao seu observador. Os dragões e sapos tornaram esse “sismógrafo” uma peça raríssima, almejada por colecionadores em todo mundo. Mas qual a relação entre dragões e terremotos?

Sapos
Os sapos são tidos na cultura chinesa como símbolos de imortalidade, cura, dinheiro e frivolidade, além de estarem associados à lua, que esta diretamente ligada às marés, embora relacionados especificamente às tradições Taoistas chinesas, os sapos têm sido desde a antiguidade, símbolo importante na cultura chinesa.
 
Dragões
Segundo as lendas, os dragões habitam as águas e controlam as chuvas, os rios, lagos,mares e o mais interessante, controlam os terremotos e maremotos, associados pela força que os seus movimentos exercem nos abismos ou  abissais.

China
A China foi marcada por um dos eventos mais devastadores de que se tem registro, no ano de 1303 d.C., um terremoto de grandes proporções que matou mais de 800 mil pessoas. O país já havia sido palco de muitos eventos de magnitudes similares: em 780 a.C um terremoto deixou muitos milhares de vitimas fatais, além de alterar o curso de três rios e, consecutivamente, a fauna e flora local.

Depois de acontecimentos assim, sempre surgem figuras com a intenção de ajudar. No século II enquanto a civilização na Europa ainda florescia, existiu um cientista renomado no império Chines, Zhang Heng, educado nas capitais de Luoyang e Chang’an, além de ter habilidades como astrônomo, pintor e um grande nome erudito da literatura chinesa.

Heng ficou conhecido por uma invenção fabulosa, algo que se parece muito com o que conhecemos como o sismógrafo atual. Utilizando adornos e imagens de figuras míticas na cultura chinesa, sua criação era composta de um vaso de 2 metros, um pêndulo pesado, que não seria abalado por pequenos tremores, mas seria capaz de registrar atividades de muita profundidade, uma bola de bronze sustentada por oito dragões que a seguravam com a boca.

Quando ocorria um terremoto a boca do dragão abria e a bola caía na boca aberta de um dentre oitos sapos. As bocas dos demais sapos se fechavam e Heng podia determinar a direção do epicentro.

Acredito que seu conhecimento em arte, literatura e outras ciências pode ter contribuído para que o aparelho tivesse suas características carregadas de simbologia e significados intrínsecos à cultura chinesa. Vale lembrar que boa parte do que conhecemos hoje é baseado em culturas muito antigas.

Heng deixou implícita a importância de animais e isso vem ficado cada vez mais claro na atualidade. É sabido que os repteis e anfíbios podem sinalizar os riscos de terremotos, tempestades ou mesmo desabamentos. A ciência contemporânea dá sinais de que esse pode ser um caminho com bons resultados e que os animais podem prever abalos.

O artigo que confirma essa teoria foi publicado em conjuntos por Friedemann Freund, da Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos);  Rachel Grant da Anglia Ruskin University,  Reino Unido; e Jean-Pierre Raulin, do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie, no Brasil.  publicado na revista ‘Physics and Chemistry of the Earth’.

O comportamento anômalo dos animais estaria ligado ao fato da atmosfera ficar extremamente ionizada antes de um abalo de grande magnitude. Segundo Raulin, devido à fricção subterrânea das rochas no período anterior ao terremoto, causando o desconforto aos animais.

Eu acredito que eles estão no caminho, em minhas andanças discutidas com grandes nomes da ciência e outros nem tanto assim, percebi que em muitos dos debates, pessoas só queriam debater e outros, o que eu chamo de verdadeiros pesquisadores, estavam na torcida para que um dia poder prever os terremotos fosse uma realidade.

Encontrei também pessoas com grandes nomes que, mesmo sem ler minha teoria ou apresentar uma antítese, desqualificaram minha pesquisa. O que importa é que sigamos tentando.

Assinatura Coluna Aroldo

 

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