A temporada de premiações em Hollywood já começou. A julgar pelas primeiras, 2021 deve ser um ano em que as mulheres vão ocupar os holofotes. Nomadland, da diretora Chloé Zhao e que conta com a ganhadora do Oscar Frances McDormand, já levou os prêmios de melhor filme de drama e melhor direção no Globo de Ouro e no Critics’ Choice Awards.
Além desta, outras produções dirigidas por mulheres têm ganhado destaque neste início de ano, como Uma Noite em Miami, de Regina King, e Bela Vingança, de Emerald Fennell.
E se no quadro geral a paridade de gênero na indústria do cinema continua avançando a passos lentíssimos, este é mais um motivo para, neste Dia Internacional da Mulher, celebrarmos as cineastas que continuam batalhando para conquistar seu espaço – e fazendo um ótimo trabalho no processo.
Pensando nisso, reunimos oito filmes dirigidos por mulheres – de filmes independentes até blockbusters – que já estão em cartaz ou têm estreia programada para 2021, para você colocar na sua lista e não perder.
Uma noite em Miami
Depois de uma longa carreira de atriz, incluindo o sucesso como protagonista da série Watchmen em 2019, Regina King estreia na direção mostrando que a habilidade de cineastas mulheres vai muito além de contar histórias femininas. Nesta adaptação da peça homônima de Ken Powers, o tema é a responsabilidade de figuras públicas em relação a questões sociais urgentes.
No caso, as figuras são o boxeador Cassius Clay (Eli Goree), Malcolm X (Kingsley Ben-Adir), o cantor Sam Cooke (Leslie Odom Jr.) e o jogador de futebol americano Jim Brown (Aldis Hodge), num encontro fictício para celebrar a vitória de Clay sobre o campeão dos pesos-pesados Sonny Liston em 1964. Disponível no Prime Vídeo.
Até o fim
Desta vez a direção é dividida entre uma mulher e um homem, os baianos Glenda Nicácio e Ary Rosa, mas nem por isso menos significativa, já que Glenda se tornou, com seu filme anterior, Café com Canela (2017, disponível no Amazon Prime Video) apenas a segunda mulher negra a dirigir um longa de ficção lançado comercialmente na história do cinema brasileiro.
O terceiro longa da dupla jovem, mas já muito premiada, acompanha uma única noite no bar de Geralda (Wal Diaz), mulher negra que reencontra as irmãs depois de muitos anos. Cada uma tem sua história própria – a abandonada que carrega mágoa e dor, a fofoqueira, a artista bem-sucedida, a nova geração que quebra paradigmas – e por suas conversas passam temas como emancipação feminina, traumas de infância, transexualidade, homossexualidade e machismo.
O filme está disponível na mostra online da 7ª Mostra de Cinema de Gostoso.
Nomadland
Vencedor do principal prêmio do Festival de Veneza, um dos poucos que teve edição presencial no último ano, o longa de Chloé Zhao tomou a dianteira na temporada de premiações, com vitórias importantes no Globo de Ouro e no Critics’ Choice Awards. Estrelado por Frances McDormand, o filme é ao mesmo tempo um retrato social – dos efeitos da deterioração das condições econômicas de parte dos norte-americanos – e uma meditação sobre como diferentes pessoas lidam com o luto e as perdas.
Fern, viúva na casa dos 60 anos que se tornou uma nômade depois de ver sua cidade desaparecer com o fechamento de uma indústria, percorre estradas pelo interior dos Estados Unidos em sua van, em busca de trabalhos temporários, encontrando pelo caminho paisagens vastas e outros companheiros de estrada. Nomadland tem estreia prevista para o dia 15 de abril nos cinemas brasileiros.
Bela Vingança
Viúva Negra
O filme da Marvel deveria ter estreado quase um ano atrás, mas a persistência da pandemia de covid-19 fez com que permanecesse inédito até agora. Talvez um dos títulos mais esperados pelos fãs, que há anos pediam um filme-solo estrelado por Scarlett Johansson, o longa é a primeira grande produção da australiana Cate Shortland, que aqui narra o encontro de Natasha Romanoff com sua “família” entre os acontecimentos de Capitão América: Guerra Civil e Vingadores: Guerra Infinita.
(Com Omelete)