Mato Grosso

5 frases que Taques, provavelmente, não gostaria de ter dito

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5 frases que Taques, provavelmente, não gostaria de ter dito
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Além de ter figurado entre os melhores senadores do país em diferentes rankings divulgados na época, Pedro Taques (PSDB) marcou sua passagem pelo Congresso Nacional com discursos memoráveis, proferidos com um português perfeito e uma retórica impecável. Hoje, governador de Mato Grosso com alto índice de rejeição e colecionando membros do staff envolvidos em escândalos de corrupção, há pelo menos 5 frases que, provavelmente, Taques gostaria de não ter dito naqueles 4 anos de atuação legislativa.

Uma destas frases, prega duas peças no governador. Em discurso no seu ato de filiação ao PSDB, em agosto de 2015, Pedro Taques proclamou:

1. “Por isso eu assinei a ficha de filiação ao PSDB, para falar e ouvir, ouvir com respeito, ouvir de verdade, ouvir com humildade”.

Por uma ironia cruel do destino, o maior escândalo de seu governo, com repercussão nacional e internacional, envolve grampos, ou seja, escutas ilegais. Além disso, uma das maiores críticas a Taques, especialmente de seus ex-aliados, é de que o tucano não ouve ninguém, exatamente o oposto daquele que declarou ser o motivo que o levou para o PSDB.

Outras duas frases foram ditas no mesmo discurso, um pronunciamento sobre corrupção, em 15 de agosto de 2011. Na tribuna do Senado, Taques cravou:

2. “Quem rouba dinheiro público é lixo, é nojento, o dinheiro público roubado causa vítimas indeterminadas, a corrupção mata”.

3. “Para mim, partido político não é Sine, partido político não pode fazer do governo um pé de pequi, que você passa mão”.

Hoje, o governador enfrenta uma crise não apenas em seu governo, mas também familiar. Seu primo, braço-direito e ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, e o irmão dele, Pedro Jorge Zamar Taques, são acusados de envolvimento em suposto esquema de desvios de dinheiro operado dentro do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). Ambos foram presos com a deflagração da segunda fase da operação Bereré, batizada de Bônus.

Taques também é acusado pela oposição e por ex-aliados, agora também adversários políticos, de ter inchado a máquina pública com cargos desnecessários, principalmente com a criação do Gabinete de Combate à Corrupção.

No seu pronunciamento de renúncia do cargo de senador, para assumir o Executivo Estadual, Taques ressaltou:

4. “O povo não quer esmola, não quer assistencialismo”.

Durante sua gestão, implantou a Caravana da Transformação, que consiste em um mutirão itinerante de serviços de saúde e cidadania, e criou a “Bolsa Pantaneira”, no valor de R$ 100 pagos mensalmente para famílias em vulnerabilidade social.

Por fim, ao se candidatar à presidência do Senado em 2013, o tucano afirmou que não seria centralizador.

5. “Prometo desconcentrar o meu poder como presidente”.

“Centralizador” é uma característica sistematicamente atribuída a seu perfil como governador, especialmente pelos dissidentes de sua gestão.

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