Mais de 42 mil candidatos “mudaram” de cor e raça no ano de 2020 em comparação a outras eleições. O fenômeno aconteceu depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) terá que ser divido igualmente entre candidatos brancos e negros, mesmo com menos candidatos negros.
Em um primeiro momento, a migração de candidatos brancos ou pardos para negros pode significar uma vantagem na disputa eleitoral, já que candidatos negros podem receber mais dinheiro para eleição dentro dos partidos.
A decisão do Supremo foi motivada por uma consulta apresentada pela deputada federal Benedita da Silva (PT). A petista teria apresentado dados que mostram que uma pequena parte da classe política é composta por negros e por isso deveria ser criado um sistema de cotas eleitoral.
Na decisão, que passa a valer ainda esse ano, os partidos ficam obrigados a dividir recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e também tempo de rádio e televisão entre candidatos brancos e negros.