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Morre o escritor Roberto Loureiro, importante pesquisador da cultura de MT

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Morre o escritor Roberto Loureiro, importante pesquisador da cultura de MT
Obras de Roberto Loureiro são importantes fontes de pesquisa sobre a cultura regional

A cultura local perde um dos pesquisadores de maior relevância das tradições mato-grossenses. O escritor Roberto Loureiro faleceu nesta quarta-feira, por volta das 0h30h, no Hospital Jardim Cuiabá. Seu corpo é velado na Capela Jardins, sala Tulipa. O cortejo sai às 16 horas, em direção ao Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá.

É de sua autoria o livro “Cultura Mato-grossense: festas de santos e outras tradições”, uma importante fonte de pesquisa sobre a cultura regional. Ele também escreveu o livro de contos “O fim da picada”, outra grande referência literária mato-grossense, ambos lançados pela Editora Entrelinhas.

Nesta manhã, a editora Maria Tereza pontuou a importância do escritor para a cultura de Mato Grosso e especialmente, sua presença de espírito inigualável, em suas palavras.

“Ele era engenheiro eletricista, trabalhou na área legislativa, foi técnico de planejamento do Governo, mas sua contribuição para a literatura mato-grossense é também de grande importância. Ele era uma figura extraordinária, um autor que tinha uma paixão incondicional pelas tradições, algo que não reconheci com tanta força em outro autor. Era um leitor voraz. Quando jovem, tocava cururu. Viveu em Rosário Oeste por muito tempo e seu contato com Manoel Alegria, rendeu-lhe boas histórias para o livro O Fim da Picada”, lamenta.

A editora também se manifestou em nota. “Era um apaixonado irredutível pela cultura material e imaterial mato-grossense. Um genuíno tomador de guaraná ralado na grosa, de linguajar cantado e apreciador da culinária tradicional, herança de família por gerações, que ele quis transmitir a seus filhos e netos e contar a todos que ainda não tiveram a oportunidade de desfrutar destes prazeres”.

Completamente integrado às tradições mato-grossenses, conviveu com o universo do garimpo, da poaia, da borracha, dos pecuaristas e do homem pantaneiro, a partir da década de 1940.

Loureiro deixa a esposa Raquel Loureiro, seus filhos Tânia, Regina, Tamires e Francisco e netos.  Lutou o quanto pode e não deixou se abater. Ele estava internado para tratamento de um câncer. Manteve sempre o extraordinário bom humor – reconhecido pelos amigos.

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