Cidades

180 famílias integram grupo de estudo sobre o novo coronavírus em Cuiabá

Indivíduos serão observados periodicamente nos próximos meses e passarão por testes para coleta de dados sobre o comportamento do Sars-Cov 2

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180 famílias integram grupo de estudo sobre o novo coronavírus em Cuiabá
(Foto: Reprodução/Los Angeles Times) Imagem de microscópio do novo coronavírus, que sem passando por mutações desde sua aparição, em novembro de 2019

Cuiabá está na lista das capitais que servirão de “laboratório” para o estudo do Sars-Cov 2, novo coronavírus, no Brasil. Pesquisadores querem entender o comportamento do vírus no organismo humano, incluindo os dos pacientes assintomáticos da covid-19. 

A coleta de materiais e observação de pessoas começou na quinta-feira (5) e integrarão o banco de dados da Avaliação de incidência de infecção por SARS-CoV-2 e COVID-19 no Brasil (AVISA), que está sendo montando em parceria pelo Instituto Butantan, Hospital Júlio Müller e a Secretaria de Saúde de Cuiabá. 

Conforme o coordenador dos trabalhos, o médico infectologista Cor Jésus Fontes, cerca de 180 famílias de 30 microáreas da Capital foram selecionadas para o estudo. O grupo contém pessoas que ainda não tiveram a covid, pacientes assintomáticos e pacientes com sintomas.  

Testes e exames periódicos

Nos próximos meses, elas passarão por testes e exames periodicamente. Os dados deverão dirimir dúvidas sobre o Sars-Cov 2, como o tempo de proteção autoimune após um primeiro contágio, por que não desenvolve sintomas em alguns casos e quais sintomas podem ser caracterizados como próprios do novo coronavírus. 

 “Todos os membros da família farão um teste rápido de covid-19 por mês  e um exame de sangue a cada três meses. A intenção é entender como o vírus se comporta, inclusive em indivíduos assintomáticos. Nos indivíduos que já tiveram a doença, vamos observar a possibilidade de reinfecção. Vários aspectos serão estudados para entendermos mais sobre a doença e a dinâmica de desenvolvimento da imunidade”, explicou o coordenador. 

Vale lembrar que, desde o início, o contágio pelo novo coronavírus vem sendo classificado na categoria de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e, por causa da semelhança da covid-19 com outras doenças, a recomendação nos primeiros meses da pandemia era de que os pacientes só procurassem atendimento após dez dias de infecção. 

Depois se observou que a espera por todo esse tempo significava o avanço da doença, com o comprometimento do sistema respiratório e alta infecção pulmonar. 

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