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110 anos de Adoniran Barbosa: a irreverência e o bom humor do samba brasileiro

Ele retratou o cotidiano da cidade de São Paulo em forma de sambas criados enquanto caminhava e batucava uma caixa de fósforos

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110 anos de Adoniran Barbosa: a irreverência e o bom humor do samba brasileiro
(Divulgação)

“O Arnesto nos convidou, pra um samba ele mora no Brás. Nós fumos, não encontremo ninguém”… A mancada de um amigo, que deu origem a um dos clássicos do samba brasileiro, saiu da mente de Adoniran Barbosa, que completaria 110 anos na última quinta-feira (6).

O sambista e compositor deu vida ao cotidiano da cidade de São Paulo entre as décadas de 30 e 60. Dono de clássicos irreverente como Tiro ao Álvaro e sambas tristes como Saudosa Maloca deixa saudade.

Como homenagem, o LIVRE reuniu uma série de curiosidade sobre o artista, que morreu em novembro de 1982, em função de uma tuberculose.

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1. Nome artístico

Adoniran Barbosa é o nome artístico de João Rubinato, que nasceu em 6 de agosto de 1910, em Valinhos (SP).

O nome artístico foi adotado em 1935, em homenagem aos amigos Adoniran Alves e Luís Barbosa.

2. Filho de italianos

Adoniram foi o sétimo filho de um casal de imigrantes italianos, vindos de Veneza. Ele trabalhou ajudando o pai no carregamento de vagões. Depois, foi entregador de marmitas, varredor numa fábrica de tecidos, pintor, tecelão, encanador, serralheiro e garçom.

3. Método de composição

Como andava muito, Adoniran cantava no caminho para encurtar as distâncias. Foi assim que se acostumou a compor: enquanto caminhava.

À época, porém, ele dizia que os sambas eram apenas passatempo e não tinham qualidade nenhuma.

Além de compor e cantar, Adoniran vivia batucando na caixa de fósforos.

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4. Tiro ao Álvaro

A música gravada por Elis Regina em 1980 é uma das últimas composições de Adoniram.

Conhecido pela linguagem popular, com versos que fugiam da norma culta, ele teve letras vetadas pela ditadura militar. A ordem era “traduzir” trechos para o português formal.

A música se transformaria em “Tiro ao Alvo” e deveria receber alterações que retirassem palavras apontadas pela censura como “tauba”, “resorve” e “artomove”.

Adoniram – para nossa sorte – não acatou as indicações e aguardou para lançar o disco com a obra original.

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